Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 400 milhões de pessoas no mundo convivem com um dos tipos de diabetes existentes.
Por mais que seja tentador experimentar doces suculentos ao longo da vida, altas doses de açúcar no sangue podem proporcionar problemas sérios, por exemplo, assim como os idosos, os diabéticos correm mais riscos com a COVID-19.
Tendo isso em vista, trouxemos algumas informações essenciais para que compreenda melhor o funcionamento da diabetes e o que fazer para tratar. Confira!
Quais são as causas da diabetes?
Antes de entendermos as causas, devemos compreender a importância da insulina no corpo, que é fabricada no pâncreas e tem a missão de controlar a glicose no sangue.
Basicamente, a insulina faz companhia para gordura e glicose no sangue, levando-as até as membranas celulares, onde as proteínas sintetizadas pelo DNA entram em ação.
Pois bem, a diabetes ocorre quando o pâncreas não consegue gerar insulina em quantidade suficiente ou quando há mutações nas proteínas que fazem o processo.
Sem o funcionamento adequado de cada setor, surge uma barreira de gordura, a insulina se torna ineficaz e a glicose acumula, perdendo a chance de virar energia.
Um nível alto de glicose no sangue pode gerar quadros clínicos complicados, levando a danos em órgãos essenciais e gerar o entupimento de vasos sanguíneos.
O estilo de vida desregrado é uma das principais causas da diabetes, cujo pedido de um exame de sangue e urina para avaliar a situação é apenas o início da avaliação.
Fatores como excesso de peso, pressão alta, idade acima de 40 anos, apneia do sono, sedentarismo e predisposição genética também podem ser grandes culpados.
Quais são os tipos de diabetes?
Só que a complexidade da diabetes não para por aí, pois ainda há divisões indispensáveis que precisamos identificar para lidar com a doença da forma certa.
Sendo assim, preparamos abaixo um breve resumo a respeito dos tipos de diabetes, mostrando suas características, sintomas e demais informações relevantes.
Diabetes tipo 1
Geralmente, a diabetes tipo 1 aparece mais entre crianças, adolescentes e adultos jovens, cujo problema é que o pâncreas não produz a insulina como deveria.
Isso ocorre por uma “falha de comunicação” do sistema imunológico, que ataca as células beta do pâncreas de forma equivocada, ocasionando a deficiência de insulina.
Esse tipo de doença pode surgir por conta de uma herança genética em parceria com infecções virais, que corresponde a 5 e 10% das pessoas que manifestam a diabetes.
Sede excessiva, fraqueza, mudanças de humor, vômito, emagrecimento, náuseas, vontade frequente de urinar ou fome em demasia podem ser sintomas do tipo 1.
Diabetes tipo 2
Já a tipo 2, que corresponde a 90 e 95% dos casos de diabetes, ocorre quando o nosso organismo apresenta resistência à insulina ou não tem a eficiência ideal para produzir.
Tende a se manifestar mais em adultos, mas as crianças também correm o risco de apresentar essa variação da doença, exigindo um olhar atento à taxa de glicemia.
Os maus hábitos alimentares que levam a obesidade, inevitavelmente podem ocasionar diabetes, bem como o aumento do estresse e a falta de exercícios físicos.
Vale ressaltar que as pessoas podem levar um bom tempo para identificar a diabetes tipo 2, muito por conta dela se manifestar de forma silenciosa no organismo.
Diabetes Gestacional
Visando o desenvolvimento do bebê, a gravidez provoca uma verdadeira mudança no equilíbrio hormonal da mulher, mas também ocasiona complicações como a diabetes.
Para se ter uma ideia de como isso ocorre, a placenta é uma fonte de hormônios que inibe as ações da insulina, fazendo com que o pâncreas aumente a produção.
No entanto, em algumas mulheres isso não acontece de fato e, com isso, o bebê é exposto ao acúmulo de glicose, podendo ter consequências do parto até a vida adulta.
De forma geral, entre os tipos de diabetes, esse é o que desprende maior cuidado e deve ser feito um bom acompanhamento por meio de exames periódicos.
Outros tipos de diabetes
Embora sejam tipos de diabetes incomuns, LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults) e MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young) podem preocupar também.
A primeira é vista como um surgimento tardio da diabetes 1. Ou seja, acometidos em adultos acima de 35 anos de idade, atingindo apenas 2% da população.
Já o segundo caso é um pouco mais complexo e tem a ver com defeitos genéticos. Ele aparece antes dos 25 anos e pode se confundir entre os tipos 1 e 2.
Além de problemas nos genes e nas funções da insulina, doenças no pâncreas e defeitos incentivados pelo uso de drogas podem resultar em diabetes atípicas.
Quais são as formas de tratamento?
As formas de tratamento dependerão bastante dos tipos de diabetes diagnosticados, sendo que os seguintes exames são primordiais nesse processo:
- glicemia de jejum — serve para medir o nível de açúcar no sangue, sendo que os valores de referência ficam entre 70 a 99 mg/dL;
- hemoglobina glicada — julga a média de concentração entre hemoglobina e glicose, de modo que pessoas sadias estão entre 4,5% e 5,7% de referência;
- curva glicêmica — tem o intuito de medir a velocidade com a qual o nosso corpo absorve a glicose, tendo como referência abaixo 100 mg/dL em jejum e 140 mg/dL após duas horas.
Feito o diagnóstico, pacientes com o tipo 1 devem aplicar injeções diárias de insulina no corpo, a fim de manterem a normalidade da glicose no sangue.
No tipo 2, a orientação é mais para que os pacientes tenham uma dieta mais balanceada, evitando alimentos gordurosos para que o peso diminua gradativamente.
Medicamentos específicos podem ser receitados, mas isso dependerá da análise médica a partir dos resultados laboratoriais, ou seja, cada caso é tratado com cuidado.
Inclusive, a depressão tende a ter fortes impactos no controle glicêmico, sendo importante também avaliar a saúde mental para um tratamento mais empático.
Afinal, diabetes tem cura?
Embora a medicina enxergue que não há uma cura para a diabetes a partir do seu diagnóstico, os pacientes podem controlar os efeitos da doença.
Para tanto, torna-se fundamental adotar um estilo de vida diferente, de modo que seja necessário se alimentar melhor, fazer atividades físicas, parar de fumar etc.
Além disso, as pessoas diagnosticadas devem realizar acompanhamentos médicos rotineiros, utilizar os medicamentos prescritos e seguir as orientações à risca.
O ideal é evitar o excesso de peso, cuidar bem do pâncreas e medir as dosagens de glicemia no sangue, tendo uma melhoria na qualidade de vida como objetivo.
Em resumo, por mais que os tipos de diabetes sejam preocupantes conforme o estado clínico dos pacientes, pode-se controlar a doença e lidar com seus efeitos de modo que viva de forma saudável.
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