Você já foi entregar o exame de urina e alguém no laboratório perguntou se estava menstruada, deixando um clima bem embaraçoso?
Assim como água e óleo, sangue e urina não devem coabitar o mesmo espaço, mas você sabe o porquê disso?
De maneira geral, existem dois tipos de exames de urina: o EAS (Elementos Anormais do Sedimento) e o de 24 horas.
Ambos são primordiais para identificar como está a saúde da paciente, a fim de verificar se há qualquer tipo de problema renal.
Com isso, vamos apresentar para você um bê-á-bá sobre o exame de urina, de modo que você consiga coletar sem dificuldades. Confira!
O que esse exame consegue diagnosticar?
Antes de respondermos o questionamento do título, vale ressaltar a finalidade do exame de urina, levando em conta que se todos os parâmetros analisados estiverem dentro dos conformes, o resultado é dado como dentro da normalidade.
Todavia, caso seja encontrado qualquer tipo de elemento anormal no xixi, isso pode ser relacionado a algum tipo de doença sistêmica ou no complexo urinário.
A presença de bactérias, por exemplo, pode representar uma provável infecção urinária, já o aparecimento de hemácias não só pode apontar para um quadro infeccioso, como também um possível cálculo nos rins.
Porventura, se aparecer indícios de glicose ou proteínas na urina, a tendência é que a paciente esteja com diabetes ou, até mesmo, hipertensão.
O exame de urina também pode diagnosticar casos de desidratação, doenças metabólicas, nefrites, tumores e outras situações que exigem um retorno ao consultório para verificar as medidas subsequentes de tratamento.
Quanto ao exame para detectar a gravidez, a intenção de coleta do xixi é diagnosticar a quantidade do hormônio HCG, sendo realizado uma semana depois da data que viria a menstruação.
E aí, a menstruação atrapalha a realização do exame de urina?
Sem dúvida alguma, essa é uma daquelas perguntas que valeria 1 milhão de reais em qualquer programa televisivo, afinal, muitas mulheres nutrem essa dúvida: será que a menstruação afeta o exame de urina?
A resposta é sim, pelo simples fato de que o sangue liberado durante o ciclo menstrual causa uma interpretação errônea nos exames, especialmente no tipo 1 (EAS).
Tanto o laboratório quanto o clínico responsável poderiam ter uma interpretação equivocada, pois, ao verificar a presença de sangue na urina da paciente, a constatação mais óbvia seria de alguma infecção no sistema urinário.
Não é segredo que, durante a fase menstrual, diversos hormônios entram em um estado de variação, sendo necessário que o(a) médico(a) esteja informado(a) sobre o ciclo da paciente.
O propósito do teste é verificar o pH do xixi e analisar a presença de nutrientes e demais substâncias, cuja presença do sangue, por mais simples que seja, pode constatar hemácias nos resultados, sendo que não é normal ter sangue na urina.
Além disso, a menstruação pode agir como vilã em outros exames, tal como o da ultrassonografia transvaginal.
Qual é o melhor momento para realizar o exame?
Levando em consideração que não é recomendado fazer o exame de urina enquanto está no período menstrual, logicamente que o ideal é realizar o procedimento fora do ciclo.
De preferência, adie a coleta do xixi para daqui 10 dias pelo menos, pois consiste em um período que dá uma certa segurança de não ter o aparecimento de sangue.
É fundamental que você fique atenta ao provável dia da menstruação, de modo que não perca tempo em coletar a urina, tendo o inconveniente de realizar todo o procedimento novamente.
No entanto, caso apresente alguma dor ao fazer xixi, converse com o(a) seu(sua) médico(a) para receber a melhor orientação, pois um exame urgente pode ser solicitado caso necessário.
Antes de mais nada, torna-se essencial que haja transparência com o laboratório e o(a) médico(a), ou seja, informe que está no período menstrual, pois assim é possível fazer uma remarcação e evitar quaisquer problemas ou confusões.
Se o exame for urgente, o melhor cuidado é fazer uma higienização redobrada e utilizar um absorvente interno, evitando assim a contaminação do teste.
Preste atenção nas orientações do laboratório, especialmente no que diz respeito ao método de coleta, a fim de fazer o exame da maneira adequada e os resultados não apresentarem anomalias.
Se você é uma marinheira de primeira viagem nesse tipo de exame, não se preocupe! Sempre é entregue um frasco devidamente apropriado para a análise, sendo ele lacrado e descartado após a utilização.
Vale lembrar que antes da coleta é importante avisar os medicamentos que estão em uso, pois antibióticos, laxantes ou suplementos de vitamina C podem alterar o resultado e sempre deve ficar à critério do médico, a suspensão do uso ou não.
A periodicidade do exame de urina dependerá do objetivo ao qual ele será solicitado, sendo que não há riscos, efeitos colaterais ou complicações na maioria dos casos.
Qual é a melhor forma de fazer a coleta?
Na ocasião da coleta, as mulheres devem fazer a devida higienização da região genital de frente para trás, realizar o enxágue e secar com gaze estéril ou uma toalha bem limpa — lembrando que não é permitido utilizar a mesma gaze duas vezes.
A coleta pode ser feita tanto no seu lar quanto no laboratório, desde que seja a primeira urina da manhã.
O ideal é desprezar o primeiro jato de xixi e coletar o jato médio até o limite recomendado no pote, ignorando o jato final para não transbordar.
O frasco deve ser fechado imediatamente após a coleta da urina e levado para análise, sendo que o seu nome completo deve constar no rótulo de identificação do pote.
No caso do exame de urina de 24 horas, deve-se esvaziar a bexiga ao acordar e marcar o horário, pois, dali em diante, você fará todas as coletas do dia e da noite, incluindo a primeira do outro dia.
A entrega dos resultados costuma acontecer em 24 horas no máximo, pois várias etapas são averiguadas nesse processo, tais como o pH, a dosagem de substâncias e a densidade urinária.
Por fim, vale sempre enfatizar a importância do exame de urina para identificar possíveis doenças.
Queremos deixar claro que o diagnóstico precoce ajuda bastante a realizar um tratamento qualificado e com grandes chances de evitar a evolução de um quadro clínico grave.
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